segunda-feira, 22 de abril de 2013

Raças: Humanos

Os humanos são a raça predominante das Terras Orientais. Sua ambição os levou a conquistar grandes territórios e formar uma civilização poderosa e avançada. Os humanos habitam todas as partes do território da resistência, mas especialmente no oeste e no sul.

Os humanos estão divididos em dois grandes grupos: um deles apoia Molthar, enquanto o outro defende a resistência. A humanidade costuma possuir boas relações com os elfos, anões, halflings e gnomos, sendo inimigos jurados dos ogros.

Os halflings são frequentemente vistos em terras humanas. Eles têm a proteção humana, a qual ganharam após a Guerra da Aliança, em que abrigaram e alimentaram exércitos humanos. As duas raças têm relações comerciais intensas entre si, especialmente de produtos agrícolas.

A tecnologia humana é uma das mais avançadas de todas. São capazes de criar máquinas poderosíssimas: navios voadores, máquinas de guerra e guerreiros mecânicos. Eles contam principalmente com a habilidade ferreira dos anões para construí-las, em troca de pagamento.

Os reinos humanos costumam ser muito ricos, devido ao seu grande poder. Os humanos possuem uma grande paixão pelo ouro, superada apenas pela dos anões, o que os levou a diversas guerras, muitas vezes entre eles mesmos.

As principais armas utilizadas pelos humanos são a espada, a besta, a alabarda e o machado. Porém o arco, a lança e a maça também são bastante usados. Os exércitos dos humanos são poderosos e diversificados, contando com diversas armas, ao invés de se focar em algumas, como os elfos e anões.

Os humanos se misturam facilmente com outras raças, criando raças mestiças, como os meio-orcs e meio-elfos. As raças mestiças costumam tem boas relações de ambos seus lados, sendo bons diplomatas e embaixadores.




terça-feira, 2 de abril de 2013

As Estrelas Diziam Parte 5: Pai e Filho

          - Como assim?! Aquele era seu pai?! – perguntou Oryulth, incrédulo.
          - Infelizmente... Sim. – respondeu Rassak
          - Não estou entendo!
          - Calma... Vou te explicar – o mago respirou fundo – Assim como eu, meus ancestrais possuíam um talento arcano. Em sua maioria, foram magos. E, sem dúvida, o maior de todos eles foi tataravô, Vlad Von Magnar, o qual liderou um exército na 21ª Guerra Arcana. Graças a sua astúcia e poder, os Magos Sangrentos do Sul foram derrotados. Como recompensa, o líder dos espíritos da lua entregou a ele o Medalhão do Ouro Negro, um artefato feito de um metal raríssimo, que é capaz de aumentar os poderes arcanos de seu usuário.
          - E esse medalhão seria aquele que foi roubado?
          - Exatamente! Ele era passado de geração para geração, até chegar a meu pai. Na época dele, houve uma grande revolta contra os arcanistas, armada pelo duque Khemed Dhulsaer, o qual pretendia expulsar os magos do território da resistência para ficar com seu tesouro. Meu pai foi perseguido por muito tempo. Até que, certa noite, ele encontrou um espírito negro, com o qual fez um pacto. Ele deu sua alma ao espírito e, em troca, foi transformado numa criatura poderosa, maligna e invulnerável. O espírito também ensinou a arte da Necromancia para ele. Sou filho bastardo dele com uma concubina. Minha mãe me contou a história dele e do medalhão. Logo, fui até o esconderijo dele (o qual, apenas minha mãe sabia onde era), reclamar o medalhão. Meu pai estava obcecado pelo artefato e negou-se a entregar-me, porém me aceitou como seu aprendiz. Certa noite – cansado da crueldade de meu pai, o qual, apesar de me ensinar as artes arcanas, sempre me maltratava – fugi, levando o medalhão comigo. Depois, desde esse dia, ele partiu numa busca implacável por mim. Logo, vê-se que fui encontrado.
          - Foi uma história impressionante... – comentou o guerreiro – Mas precisamos recuperar o medalhão. Já imaginou o que seu pai poderia fazer com o medalhão?
          - Todo dia! – respondeu Rassak – Acho que sei onde ele está. Meu pai sempre gostou ruínas. Conheço a floresta ao lado desta estrada! Sei de ruínas que se escondem entre suas árvores escuras.
          - Então, vamos!
          Os dois caminharam durante a noite toda. Quando faltava pouco tempo para o sol raiar, eles viram restos de antigas casas de pedras. Haviam encontrado as ruínas.
          - Encontramos o local. – sussurrou o mago – Quero que vá até lá. Caso meu pai aparecer, partirei para a batalha.
          Oryulth foi para as antigas ruínas que jaziam na clareira. Com a espada em mão, foi andando com passos lentos em direção ao centro do local.
          Um vulto com um manto negro surgiu de trás de uma grande parede. Seu rosto parecia ter o crânio à mostra, com uma luz roxa saindo de seus olhos.
          - Você novamente?! – perguntou o monstro, com sua voz morta – O que quer?
          - Ele, eu não sei... Mas eu quero o meu medalhão! – disse Rassak, saltando de trás dos restos de uma parede.
          - Uma pena... Pois não o terá! – disse o pai do mago, lançando uma rajada negra no filho.
          Rassak desviou do ataque, disparando um orbe de cor verde brilhante no atacante, o qual desviou com um gesto o objeto de energia.
          Oryulth, tentando ajudar o amigo, pegou sua espada e cravou-a no monstro, o qual soltou uma gargalhada tenebrosa.
          - Nenhuma arma é capaz de me ferir, tolo! – disse ele, virando-se para Oryulth.
          Porém, o golpe do guerreiro não foi em vão, pois ao distrair-se, o necromante teve seu medalhão roubado.
          - Rápido! – berrou Rassak, devolvendo a espada, fincada no corpo do pai, a Oryutlh – Fuja!
          Os dois correram, seguidos pelo monstro. Continuaram a fuga, até chegar num penhasco, onde pararam.
          - Meu medalhão! – berrava o pai de Rassak.
          O necromante saltou para a beira do penhasco, onde estava seu filho. Com o impacto das botas negras, uma rachadura surgiu. O penhasco não suportava mais de uma pessoa.
          O pedaço de terra onde estavam, pai e filho, despencou. Rassak atirou seu medalhão para Oryulth e, no último segundo, se segurou na parte do penhasco que continuava firme.
          O pai de Rassak havia se segurado nos pés do filho, puxando-o para o rio que os aguardava após uma queda de 50 metros.
          Vendo que não poderia se segurar por muito tempo ainda, Rassak soltou-se, caindo em direção às águas turbulentas do rio.
          Uma lágrima escorreu do olho de Oryulth. Seu companheiro havia despencado do penhasco. Estava sozinho novamente.
          Subitamente, uma mão surgiu, seguida de um corpo. Era Rassak! Ele estava vivo!
          Imediatamente, Oryulth foi ajuda-lo, puxando-o para a terra firme.
          - Incrível! Como você sobreviveu, Rassak?
          - Notei que abaixo de mim havia uma pequena saliência. Quando me soltei, meu pai despencou, porém eu caí nessa saliência. Eu havia planejado tudo.
          - Fico feliz que esteja bem. – disse Oryulth, entregando o medalhão.
          - É... A partir de agora, este medalhão ficará bem guardado... – disse o mago, guardando-o num bolso do manto negro.
          - Agora é só voltarmos para a estrada e... E... Para que lado ela fica, mesmo?
          - Não sei. – Rassak também havia se esquecido – Foi bom termos recuperado o medalhão, mas acabamos nos afastando da estrada e de Slonius.
          Os dois fizeram um minuto de silêncio, o qual foi interrompido por Oryulth:
          - É impressão minha ou estou ouvindo risadas?
          - Também estou ouvindo. Elas vêm de... Lá! – disse Rassak, apontando para o lado da floresta à direita do penhasco.
          Os dois seguiram os sons, até encontrarem uma estrada. Após seguirem-na alguns minutos, se depararam com grandes portões de madeira, guardados por soldados com armaduras prateadas.
          - Sabe, Rassak... Na verdade não nos afastamos da cidade. Muito pelo contrário, nos aproximamos dela!
          E assim, partiram em direção aos portões.

terça-feira, 26 de março de 2013

Raças das Terras Orientais

O mundo de 'As Estrelas Diziam' é repleto de diversas raças. A maior de todas é a raça humana, os quais, pela ambição e ganância, conquistaram um número gigantesco de terras. Porém existem diversas outras raças poderosas. Dentre elas, podemos destacar os elfos - uma raça culta e sábia - e os anões - grandes ferreiros e mineradores. Além dessas três, outra raça se destacou: os halflings. Essas pequenas criaturas eram subestimadas pelo seu tamanho diminuto (medem em torno de 90 cm), porém provaram seu valor na Guerra da Aliança, abrigando, alimentando e fornecendo recursos a grandes tropas humanas, raça com as quais possuem o melhor relacionamento. Elfos e anões possuem boas relações com os humanos, mas preferem suas terras, enquanto os halflings são vistos tanto em suas terras quanto nas humanas. Essas quatro raças são chamadas de O Grupo dos Quatro Reinos. Além delas, existem diversas outras raças. Entre elas podem ser citadas...

Lithiens- Uma nação poderosíssima, apenas não faz parte do Grupo dos Quatro Reinos pelo fato dela se isolar das outras raças, considerando-se superior. Os lithiens são altos magros e possuem a pele branca quando crianças. Ao atingirem a idade adulta, descobrem seu elemento interior, o qual definirá suas habilidades e a cor da pele.

Gnomos- Eles não chegam a formar reinos, porém possuem comunidades em florestas. São bondosos e brincalhões, adoram cantar, danças e pregar peças. Gostam muito de ouro e de pólvora. Os integrantes da raça são pequenos indivíduos (pouco maiores que os halflings) com a pele que varia do salmão ao esverdeado.

Orcs- Criaturas brutais e cruéis. São às vezes confundidos com ogros e trolls. São musculosos, robustos, mas com pouco intelecto. Vivem em florestas fechadas ou montanhas. São exímios guerreiros, dominando muito bem o machado. Seus maiores inimigos são os elfos, os quais estão com eles numa antiga guerra entre o bem e o mal.

Ogros- Com muitos músculos, mas pouca inteligência, os ogros são grandes criaturas que habitam florestas, pântanos, cavernas e outros lugares escuros e úmidos. Antigas histórias contam como eles raptavam humanos, seus maiores inimigos, principalmente mulheres e crianças. Agora vivem mais isolados, tendo pouco contato com outras raças.

Trolls- Uma das raças mais altas e fortes de todas. São grandes caçadores, brutais e com pouca inteligência.  Vivem em florestas próximas de cavernas, onde se escondem durante o dia, pois o sol os enfraquece. Comem qualquer tipo de carne, até podre, se for necessário. Não são muito ágeis, mas seu tamanho e fora compensam essa necessidade. São inimigos mortais dos anões.

Mulgaths- São criaturas que habitam o interior de vulcões. São altos e fortes, com inteligência moderada e grande resistência a altas temperaturas. Sua pele é vermelha e possuem dentes afiados e chifres curvos. Não costumam se dedicar ao bem ou ao mal, permanecendo neutros. Possuem armas eficientes, resistentes e sofisticadas. São bons ferreiros, competindo contra os anões. Possuem poucas relações com outras raças.


As dez raças descritas acima são as dez Raças Primárias, as mais comuns das Terras Orientais. Também existem outros grupos, como as Raças Celestiais (anjos, silfos...), as Abissais (demônios, diabos...), as Titânicas (gigantes, titãs...), as Elementais (salamandras, ondinas...) e diversos outros. Acompanhem mais postagens sobre as raças da história.

Rassak

Um mago de uma família de necromantes. É ríspido, porém tem um bom coração. Domina a arte arcana da necromancia. Diferente da maioria dos conjuradores das Terras Orientais, ele acredita que a necromancia pode ser usada para o bem. Possui consigo o precioso Medalhão do Ouro Negro - um poderoso artefato arcano que aumenta os poderes do usuário -, dado ao tataravô de Rassak por um espírito da lua.

Nome completo: Rassak Magnar
Classe: Mago Necromante
Raça: Humano
Função no Grupo: Conjurador atacante
Idade: 24 anos
Itens Principais: Grimório de Tânatos e Medalhão do Ouro Negro
Passatempo: Treinar suas magias
Pontos Fortes: É inteligente e possui grande poder arcano. Conhece magias poderosas e é confiante, determinado e corajoso.
Pontos Fracos: Acaba sendo confiante demais e perde a noção do perigo em certas situações. Além disso, tem dificuldades em controlar sua raiva.

segunda-feira, 25 de março de 2013

As Estrelas Diziam Parte 4: O Espectro


O último raio de sol tingia o rosto pálido de Rassak. Ele e Oryulth estavam vagando rumo à cidade de Slonius.
            - Estamos perdidos! – exclamou o necromante, com a paciência esgotada.
            - Não estamos! O sol está se pondo para aquele lado, o oeste, estamos indo para o norte, portanto é aquela direção.
            - O problema é que esta é a estrada errada! Vamos ter que pedir informações.
            - Certo, mas isso só vai provar que estamos no caminho certo!
            Os dois se dirigiram a um homem que andava numa carroça logo atrás deles.
            - Senhor... – disse Oryulth para o homem barbudo que estava na carroça – Por acaso sabes para onde leva esta estrada?
            - Para Gondos, o vilarejo das montanhas, construído próximo ao território anão.
            - E para qual direção fica Slonius? – perguntou Rassak, intrometendo-se.
            - Para isso terão que ir para o outro lado e pegar a estrada à direita do velho pinheiro.
            - Ah... – disse Oryulth decepcionado.
            - Agora é melhor eu partir. Preciso vender essas mercadorias logo! Adeus!
            Pasaram-se alguns segundos, até que Rassak quebrou o silêncio:
            - Te disse que era o caminho errado!
            - Certo, certo... Você ganhou... Vamos logo para a estrada correta!
            - Logo estará escuro e as relíquias que trazes atrairão bandidos. Vamos acampar e comer algo. Ao dormir, revezaremos a vigia.
            Assim fizeram. Nas primeiras quatro horas, Rassak ficou de guarda. Durante seu turno, tudo correu bem.
            Era uma da madrugada quando chegou a vez de Oryulth vigiar. A lua iluminava as árvores de forma tênue, dando um aspecto fantasmagórico ao local. Subitamente, um ruído foi ouvido.
            - Olá? Tem alguém aí? – disse Oryulth, após um susto.
            Tão subitamente quanto o ruído, surgiu uma enorme figura negra, a qual parecia estar sob um manto. Uma mão esquelética surgiu do manto negro, puxando uma longa espada.
            Num reflexo, Oryulth puxou sua fiel espada também, e a tempo de se preparar para um combate.
            Os dois começaram um duelo. As espadas tocavam-se causando altos estrondos. Rassak levantou-se num salto, observando a batalha.
            - O que está acontecendo?! – gritou o mago.
            - Silencie suas palavras! – gritou a figura, empurrando Oryulth e levantando a palma da mão para Rassak, que fitava-o assustado.
            - Esse medalhão... – a voz da criatura era baixa e áspera – Esse medalhão...
            - Medalhão? – perguntou Rassak, assustado.
            A mão da criatura segurou o medalhão que pendia no pescoço do mago.
            - Esse medalhão é MEU! – a voz da criatura aumentou o tom – Meu medalhão! Meu!
            A figura arrancou o medalhão do pescoço de Rassak. Ao realizar esse ato, o capuz do manto cedeu, revelando seu rosto esquelético, cujos olhos emanavam uma luz roxa.
            - Meu! Meu! MEU!
            Num piscar de olhos, a criatura sumiu, levando consigo o medalhão.
            Rassak estava paralisado desde que vira o rosto da figura. Parecia estar num transe, perdido em memórias distantes.
            - Ele levou meu medalhão... Não é possível... – disse ele, ainda com a expressão de assustado.
            - Pensei que o medalhão fosse seu. Não disse que ele estava em sua família há anos?
            - E está.
            - Mas como ele pode pertencer a ele.
            - Porque... Porque... – Rassak apertou os olhos, deixando escorrer uma lágrima – Porque ele é... Meu pai!
            - O quê?!