domingo, 9 de dezembro de 2012

Ogmar

Ogmar é um dos maiores magos de todas Terras Orientais. Possui o dom da magia arcana e da alquimia, sendo um conjurador muito respeitado. Entre seus maiores feitos está a vez em que ele, sozinho, destruiu uma tropa de milhares de demônios que atacava sua cidade natal. Porém, com o tempo, ele foi envelhecendo e passou a perder o vigor que possuía antigamente. Ele começou a usar a magia arcana para aumentar sua vida, porém sabia que não poderia fazer isso para sempre. Dessa forma, ele encontrou seu fim ao ser decapitado por um guarda real do Molthar. Mas sua vida não foi em vão, sua coragem e disciplina inspiraram diversos heróis, os quais lutam incessavelmente contra o mal.

Nome completo: Ogmar aph Ramnis
Classe: Mago
Raça: Humano
Idade: 236
Itens principais: Grimório do Vento Norte, Cajado da Lua Crescente, Manto da Resistência, Capa Voadora e Arsenal de Poções.
Passatempos: Estudar, praticar alquimia e ampliar seus poderes arcanos.
Pontos fortes: É muito respeitado e conta com uma quantidade enorme de poderosas magias, conhece muitos rituais antigos e conta com diversos itens mágicos para ajudá-lo. Ele não tem medo e luta bravamente pelo que acredita.
Pontos fracos: Sua idade faz com que não tenha muito vigor físico.
Sonho:  Acabar com o reinado de Molthar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

As Estrelas Diziam Parte 3: A Briga Pelo Medalhão


         Oryulth foi descoberto. Não hesitou e partiu para cima dos guerreiros, os quais logo responderam ao ataque. As lâminas das espadas de ambos os lados se tocavam violentamente.
         O jovem guerreiro conseguiu derrubar dois adversários, mas ainda havia outros três, numa clara desvantagem. Logo, os golpes das lanças envenenadas dos guerreiros de armadura negra fizeram Oryulth tombar.
          Os assassinos amarraram o guerreiro e fincaram uma adaga em seu braço, apenas para vê-lo sangrar.
          - Uuugh! – gemia Oryulth.
          Os três guerreiros foram logo vasculhar o laboratório de alquimia de Ogmar, em busca de algo valioso. Foram atirando para trás as fórmulas que consideravam inúteis, até que uma, ao tocar o chão, produziu um som alto e começou a soltar línguas de fogo, que logo consumiram o esconderijo.
          Com esforço, Oryulth conseguiu soltar-se das cordas e aproveitou o desespero dos assassinos para pegar o corpo de seu mestre e fugir.
          O jovem abandonou a casa a pegar fogo, correndo em direção aos campos de trigo. Vagou o dia inteiro até que, à noite, resolveu parar abaixo de um carvalho.
          Cansado, o jovem pega seu cantil e bebe um pouco d’água. Ele percebe um saco ao lado do cantil, com um bilhete preso.
          - Estranho... - comenta o jovem, pegando o saco e lendo o bilhete.
          - “Para meu jovem aprendiz e salvador de todas terras orientais de Terra Dourada, Oryulth: Aqui deixo recursos suficientes para que sobreviva no tempo em que permanecer com a missão em andamento. Eles envolvem dinheiro, alimento e um mapa da região. Também coloquei aqui alguns itens mágicos muito úteis: o Olho de Safira, capaz de ver qualquer criatura, seja visível ou não; um frasco de Água da Vida, cura os mais graves ferimentos; uma Adaga do Sono, que possui a capacidade de adormecer quem for atingido por ela, e uma Esfera Luminar, pequeno objeto luminoso que protege o usuário de dominação mental. Desejo sorte em vossa missão e que vossos caminhos sejam iluminados. Ogmar.” – leu em voz alta o aprendiz.
          Oryulth olhou para dentro do saco e se impressionou com a quantidade de dinheiro e de frutas, assim como com a beleza dos itens.
          - É, Ogmar... Você é cheio de surpesas... – falou o guerreiro, acomodando-se em seu saco de dormir.
          Amanheceu e o jovem levantou e preparou suas coisas para a viagem.
          Enquanto isso, num vilarejo próximo, uma figura sombria vagava pelas escuras ruas noturnas. Usando botas negras de couro e um manto da mesma cor, com um capuz cobrindo quase toda a cabeça, a figura dava arrepios à quem a via.
          A figura entrou numa taberna com o nome ‘Cabra Leiteira’, onde tirou o capuz, revelando seus longos e louros cabelos, seus olhos azuis e frios e sua barba cor do trigo.
          Ele sentou em uma mesa, onde ficou observando o movimento.
          - Deseja algo, senhor? – perguntou o garçom que veio ao seu encontro.
          - Uma sopa de batatas e um sumo de laranja. – falou o homem, entregando uma moeda de ouro ao garçom, que logo foi buscar seu pedido.
          Quando o garçom voltou com a sopa e o sumo, a figura pálida logo perguntou:
          - Que é aquele? – disse, apontando para um halfling que brindava alegre, usava uma camisa e um colete, com um medalhão em seu pescoço.
          - É Sebastian, um comerciante halfling que vem frequentemente aqui.
          - Obrigado pela informação.
          O homem terminou calmamente sua refeição, até que foi até o halfling e o pegou pelo colete.
          - Dê-me o artefato, baixinho! – gritou a misteriosa figura.
          - Que artefato?
          Sebastian foi atirado ao chão. Todos se assustaram.
          - O medalhão! O medalhão!
          O halfling saiu correndo para fora da ‘Cabra Leiteira’, assustadíssimo.
          Com um gesto, o homem loiro fez surgir raízes que agarraram o pé do pequenino.
          Logo nesse momento, Oryulth estava passando e viu aquela cena. Num reflexo parou em frente ao Halfling, fitando o homem que se aproximava.
          - Mais um passo diante dele e minha lâmina encontrará seu corpo.
          Apenas com um movimento da mão, o agressor fez Oryulth ser atirado no chão, como se uma mão invisível o segurasse.
          Quando o conjurador ia botar suas mão, as quais agora emanavam um brilho roxo, no halfling, Oryulth fez um corte em seu pé com a espada. Ele urrou de dor.
          - Bastardo! Filho da mãe!
          - Não passa de um covarde. O que leva você a atacar uma criatura indefesa bem menor que você?  – perguntou o guerreiro.
          - Ele possui algo que quero há muitos anos.
          - Mas não o terá! – gritou o halfling – Fui eu que achei esse medalhão e eu que ficarei com ele.
          - Ele está na minha família há anos.
          - Descuido seu permitir que fosse roubado e vendido a mim.
          - Eles me adormeceram, seu baixinho! Eu estava inconsciente.
          - Silêncio! – gritou Oryulth, interrompendo a discussão – Por quanto você me vende este medalhão.
          - Por dez mil peças de ouro.
          - Aqui estão. – Disse Oryulth, entregando a quantidade pedida à pequena criatura, que se contorcia, ainda presa na raiz.
          O homem recebeu o medalhão, agradeceu e, com um gesto, a raiz sumiu. O halfling saiu correndo, contente com o dinheiro.
          - Perdão por ter vos ofendido. – disse o homem.
          - Não se preocupe.
          - Meu nome é Rassak, sou um necromante, mago que manipula a vida. Fico grato por ter me ajudado a recuperar o medalhão que é herança da minha família há séculos. Armaram para mim, colocando um sonífero na minha cerveja em uma festa. Aproveitando que adormeci, os ladrões roubaram o medalhão e o venderam ao halfling. No dia seguinte, expliquei o que houve a ele, mas ele não acreditou. Falei que iria tirá-lo à força no dia seguinte, mas ele fugiu. Agora finalmente o encontrei e recuperei o que me pertencia, mas não da forma que imaginava.
          - Interessante.
          - Impressionante a quantidade de moedas que deu ao halfling. E ainda por alguém que nem conhecia. De onde conseguiu esse dinheiro.
          - Foi um presente de Ogmar.
          - O quê? O grande Ogmar? Mestre dos magos das Terras Orientais?
          - Sim, ele deixou isso ante de falecer.
          - Falecer?
          - É uma longa história. Sente-se.
          E assim, Oryulth contou tudo a Rassak, desde sua captura até a fuga da casa em chamas.
          - Incrível. Então você é salvador de que nossa profecia fala?
          - De acordo com Ogmar.
          - Ogmar não se engana. Será que eu poderia me juntar a você nessa missão?
          -Seria ótimo contar com sua habilidade arcana.
          - E é uma honra andar ao lado do salvador de nosso reino.
          - Para onde vamos primeiro?
          - Por enquanto, estamos no território da resistência, o qual não se estende além das montanhas ao norte. – disse o mago.
         - Vamos até onde houver trabalho a fazer.
          - Depois das montanhas, está o Vale do Dragão Negro, território de Molthar. Há uma fortaleza do regente da região.
          - Será nosso destino.
          - Primeiro passaremos pela cidade de Slonius, lá poderemos comprar provisões e, dependendo de seu dinheiro, até uma carroça com cavalos para facilitar nossa locomoção.
          - Ótimo, vamos Rassak!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Oryulth

Oryulth era um camponês que foi enviado numa viagem, na qual foi capturado e vendido como escravo. Por sorte, quem o comrpou foi o poderoso mago Ogmar, o qual revelou que Oryulth é o herói que, de acordo com uma profecia, salvaria as terras orientais. Agora, ele é um guerreiro que luta para defender o bem.

Cavaleiro medieval com Espada WallpaperNome completo: Oryulth Carvalho Alto
Classe:Guerreiro
Raça: Humano
Função no grupo: Atacante e diplomata.
Idade: 22 anos
Itens Principais: Espada da Fúria Solar, Olho de Safira, Adaga do Sono e Esfera Luminar
Passatempo: Treinar
Pontos fortes: É determinado e bom com diplomacia. Hábil no combate.
Pontos fracos: Perde todo seu ânimo e determinação se ouvir falar de seus antigos companheiros mortos, ficando vulnerável
Sonho: Libertar as terras orientais

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

As Estrelas Diziam Parte 2: A Profecia


            Aquelas palavras fizeram com que Oryulth desse um salto para trás.
            - As terras orientais dependem de mim? Tem certeza?
- As estrelas não se enganam, meu jovem. – o ancião fez uma breve pausa – Sente-se que lhe contarei uma história: há muitos anos, nosso reino era feliz, nossas árvores davam frutos, nossos pássaros cantavam e nosso povo festejava essa harmonia. Isso foi até o ano em que o soberano Alph Hus pereceu; seu sobrinho, Molthar, subiu ao trono. O Jovem era bondoso, porém, ao assumir o reino, ele começou a agir de forma diferente, sua aparência mudou muito, ninguém sabe o porquê. Desde esse acontecimento, quinhentos anos se passaram e as terras do oriente jamais tiveram a mesma glória.
- Como Molthar sobreviveu durante tanto tempo?
- Ninguém sabe.
O jovem engoliu em seco.
- Estudei muito as estrelas, até descobrir uma antiga profecia, cujas palavras eram pronunciadas pelos astros: “Quinhentos anos se terão dissolvido nas sombras; o soberano ainda reinará com todo seu poder, mas uma luz surgirá, dissipando a escuridão do rei sombrio; o herói terá pele pálida, mas seus cabelos serão negros, seu grito ecoará pelas terras do sol nascente e sua glória durará até que as estrelas apaguem.” Sinto em você, Oryulth, uma energia tão forte que é capaz de derrotar Molthar.
- Como conseguirei tal façanha? Sou apenas um jovem camponês.
- Você era. Acompanhe-me.
O mago dirigiu-se a uma porta, decorada cuidadosamente com detalhes e desenhos. Um ruído escapou quando o velho moveu a pesada porta de metal: os mais incríveis mecanismos de treino e armas surgiram, Oryulth jamais tinha visto qualquer coisa parecida.
- É aqui que treinarás. – falou Ogmar.
Muitos meses haviam se passado, Oryulth havia treinado muito, seus braços tinham ganhado músculos e sua mente havia sido preparada para o feito. Um simples aldeão havia se transformado num bravo guerreiro.
Era um dia como todos os outros, o herói continuava treinando, quando Ogmar entrou.
- Esconda-se! – gritou – Não há tempo para explicar!
O velho apertou um tijolo da parede, abrindo uma passagem secreta e empurrou o guerreiro para dentro.
- Não saia dali! De jeito nenhum!
E o mago fechou a passagem, prendendo o guerreiro lá dentro. A sala foi invadida por guerreiros de armadura negra.
- Afastem-se, malditos! – berrou o ancião.
- Silêncio, velho! – respondeu um deles – Nós sabemos quem esconde em sua moradia.
- Ninguém além de mim reside aqui, podem revistar todas as salas, não acharão ninguém.
O mais alto dos guerreiros deus três passos à frente e segurou o sábio pelo pescoço.
- Sabemos que mente, velho! Morrerás agora!
O guerreiro pegou sua espada e decapitou o mago, Oryulth deixou escapar um gemido.
- Alguém está aqui! – gritou um dos guardas.
Outro deles virou-se para a parede da passagem secreta e lançou uma bola de fogo. Pedras voaram pelos ares.
- Então achamos o rebelde! – sorriu irônico um deles.

As Estrelas Diziam Parte 1: Solitário



            A luz já se tornava fraca no bosque, os animais se retiravam para um abrigo. A brisa da noite vinha serena, sem pressa. Oryulth vagava, seus cabelos escuros estavam tapavam sua face sem expressão, estava triste, inconsolado e, acima de tudo, solitário.
            - Por quê? – ele perguntava – Por que os deixei morrer? Maldito seja o rei Molthar.
          Sangue saía de suas feridas, causadas pelos mesmos guardas que mataram seus companheiros, Oryulth teve a sorte de conseguir escapar. Ele e seus aliados foram enviados para as terras do leste, sem nenhuma explicação do que teriam que fazer. Agora estava sozinho, dirigindo-se para o povoado de Olkest.
            - Terei que me apressar, o vilarejo de Olkest é o único local seguro da região e está à uma hora de caminhada.
            Mal terminou de murmurar, escutou o som de passos e vozes, havia alguém ali. Devagar, caminhou até o local de onde vinham os sons e afastou discretamente as folhas que atrapalhavam sua visão. Mal acreditava no que via, eram homens blindados, usando as melhores armas que tinha visto na vida. Num instinto, começou a correr feito um louco, o que chamou a atenção dos homens.
            - Ouvi alguém! – berrou um.
            - Também vamos atrás dele!
            - Acho que o som veio de lá, vamos!
            O aventureiro só virou a face para trás, viu uma grande carruagem com placas de metal vindo em sua direção, besteiros no topo dela miravam no pobre viajante. Oryulth apenas sentiu algo atingindo sua nuca, o jovem caiu inconsciente.
            A luz do astro rei chegava aos olhos do viajante, ele foi capturado e havia passado a noite inteira na carruagem, seu corpo doía, estava confuso, ouvia vozes estranhas e risos graves.
            Um homem alto e musculoso entrou na pequena cela onde se encontrava.
            - Chegamos. – disse ele.
            - Onde? – perguntou o jovem.
            - Na metrópole de Olkest.
            - Metrópole? – Nesse momento, passou pela mente de Oryulth: será que ele havia sido enganado? Por que haviam dito que Olkest era apenas um vilarejo?
            - Já recebeu informações demais para escravo, dirija-se para a porta sem mais uma única palavra.
            Escravo: aquela palavra assustou Oryulth, ele havia sido raptado por traficantes de escravos.
            O aventureiro levantou-se, enquanto eram colocados grilhões nele. Ele foi empurrado até uma praça, onde estavam homens aprisionados, sendo levados por nobres. Ele foi colocado num grupo de jovens, com mais ou menos a mesma idade que ele, todos do sexo masculino.
            - Para onde vamos ser levados? – perguntou para um dos jovens.
            - Depende, alguns são encaminhados para minerar, os com mais sorte vão para plantações de abóbora, mas todos teremos um destino cruel.
            - Calem a boca! – gritou um dos guardas, enquanto chicoteava os dois.
            - Tragam o magricelo de cabelos negros! – gritou o vendedor de escravos.
            Oryulth foi encaminhado para um pequeno palquinho. O vendedor começou a falar:
            - Ele pode parecer inútil e sem músculos, mas é extremamente valente, foi encontrado se aventurando na floresta, pode ser capaz de muita coisa.
            As pessoas que ali estavam sussurrava umas com as outras, nenhuma parecia demonstrar interesse no jovem, até que surgiu um velho com barba e cabelos longos, estava andando encurvado, se apoiando numa bengala velha e desgastada.
            - Eu pretendo levar este jovem! – disse o velho.
            - Está bem, quanto oferece por ele? – perguntou o vendedor.
            - Duzentas moedas de ouro e quatro diamantes.
            Todos se assustaram com o pagamento do ancião.
            - Alguém oferece algo maior?
            Ninguém respondeu.
            O vendedor contou até três e declarou que o escravo estava vendido. O velho levou o jovem consigo. Os dois saíram da praça e foram até um chalé isolado, afastado do resto da cidade. O ancião abriu a porta.
            - Meu jovem, não te assustes com o que verás.
            Os dois entraram na pequena casa de madeira, seu interior era gigante, muito maior do que o que parecia de fora. Havia muitos livros e pergaminhos, mapas do céu estava pendurados nas paredes e frascos continham líquidos estranhos. A bengala do ancião se transformou num cajado com uma grande gema em seu topo e sua roupa esfarrapada transformou-se um fantástico manto.
            - Sou Omnar, poderoso mago e astrólogo, viajante dimensional e profeta. Trouxe você até aqui por algo que já existe desde a aurora dos tempos, as estrelas já diziam as palavras que pronunciarei.
            A respiração de Oryulth se tornou ofegante, seu coração batia freneticamente.
            - Todas terras orientais dependem de você!

As Estrelas Diziam

Olá, viajantes virtuais! Meu nome é Henrique, autor do blog Universo Henrique! Criei este blog para contar uma história, uma história criada por mim mesmo, seu nome é 'As Estrelas Diziam'. Ela conta a história de Oryulth, um aventureiro cujo destino era dito pelas estrelas: libertar as terras orientais do tirano rei Molthar, enfrentando os mais diversos perigos. Mercadores de escravos, ogros e dragões estão entre os desafios a serem vencidos. Conseguirá esse jovem herói cumprir a profecia?